Você sabia que nosso país nunca teve um número tão baixo de professores concursados atuando nas redes estaduais? Em 10 anos, eram 31,6% do total, mas em 2023 saltou para 63,5%. O levantamento foi feito pelo Todos pela Educação.
Assim nota-se à consolidação da contratação nos estados de professores temporários. No estado de São Paulo, 50,7% são temporários, enquanto 42,9% são concursados e 6,3% ensinam como CLT.
Além disso, ao longo destes 10 anos, o total de professores em atuação teve uma redução de 57 mil docentes: aumento das taxas de aprovação, redução da evasão escolar e maior número de escolas particulares podem ser alguns dos motivos.
A pesquisa divulgada pelo G1 no ultimo dia 25 aponta que o modelo de contratação de temporários significa custos menores para estados, já que estes docentes não estão dentro da carreira e, ao se aposentar, não entram na previdência estadual. Além disso, em algumas redes, é comum que professores temporários não tenham os mesmos direitos trabalhistas e benefícios dos efetivos. Em 15 dos 25 estados, os temporários tem salários inferiores que os concursados.
Se essa mudança pode estar interferindo na qualidade de ensino das escolas não há pesquisa que aponte. O crescimento na procura por aulas de reforço para crianças do ensino fundamental ainda é creditada em pesquisas a defasagem de aprendizado causado pela pandemia.