
Sim! Segundo novas descobertas, uma mistura de fatores genéticos e ambientais é decisiva para o desenvolvimento de habilidades excepcionais nos primeiros anos de vida.
A BBC News Brasil conversou com a médica Magda Lahorgue Nunes, professora titular de Neurologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e pesquisadora do Instituto do Cérebro (InsCer), em Porto Alegre. Ela aponta que o conceito de genialidade infantil passou por uma série de transformações nos últimos anos — e hoje há mais maneiras de entender e avaliar a inteligência nos primeiros anos de vida.
Você certamente já conheceu crianças que têm habilidades excepcionais e surpreendentes para a idade delas. Adolescentes que participam de olimpíadas de matemática ou que tocam instrumentos como se tivessem muitos anos de treinamento. Sim, eles podem ser pequenos gênios.
Ela cita um estudo feito por instituições finlandesas, suecas, austríacas, espanholas e alemãs publicado em 2022 e que tentou explicar quais eram os determinantes de uma performance cognitiva avançada de crianças e adolescentes. Os autores concluíram que um mix de atividades traz benefícios em termos de inteligência, especialmente quando elas são desafiadoras do ponto de vista cognitivo.
Segundo a medica, portanto, se o indivíduo receber esse apoio inicial, fica mais fácil para ele ter um melhor desempenho e uma maior qualidade de vida lá na frente. Entretanto, ela também aponta que pais devem ter cuidado para que genialidade não vire um fardo que se prolonga por infância, adolescência e até a vida adulta.
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