Brain rot ("cérebro podre") é um termo usado em um contexto moderno para descrever o consumo excessivo de conteúdos digitais ou hábitos prejudiciais e pode ter impactos negativos significativos na saúde dos adolescentes. Foi escolhido como a palavra do ano pelo Dicionário Oxford nesta segunda-feira (2). A expressão acumulou 130 mil buscas ao longo de 2024.
Conforme os pesquisadores do dicionário, o interesse pelo termo disparou 230% entre 2023 e 2024, movimento atribuído à amplificação dos debates sobre o impacto de conteúdos de baixa qualidade no bem-estar mental, especialmente nas redes sociais.
O consumo constante de conteúdos curtos e rápidos, como vídeos em redes sociais, pode reduzir a capacidade de manter o foco em atividades mais longas ou complexas, além de prejudicar o desenvolvimento de habilidades críticas, como pensamento analítico e resolução de problemas.
Especialistas afirmam que a exposição prolongada a conteúdos irrelevantes ou tóxicos pode levar a sentimentos de vazio, baixa autoestima ou ansiedade. As redes sociais, por exemplo, podem induzir comparações irrealistas, levando a sentimentos de inadequação ou inferioridade.
Levando em consideração que essas práticas tendem a ser potencializadas no período noturno, o uso excessivo de telas, especialmente antes de dormir, atrapalha a produção de melatonina, prejudicando a qualidade e a duração do sono. Adolescentes que passam horas nas redes sociais ou jogando podem negligenciar o descanso, o que afeta memória, humor e desempenho acadêmico.
Então, como prevenir ou reduzir o Brain Rot? Desconectar-se de telas pelo menos uma hora antes de dormir ajuda a melhorar o descanso. Direcionar o interesse dos adolescentes para os livros. Incentivar hobbies, esportes ou momentos com amigos e família. E, principalmente, ser o bom exemplo para os filhos.
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