A estreia do filme Barbie (2023) nos cinemas levantou uma questão que pouca é discutida, mas que preocupam pais e mães: qual a importância devemos dar a classificação indicativa de um filme que será visto por nossas crianças? Barbie estreou neste dia 20 de Julho com classificação indicativa Recomendável para Maiores de 12 anos. Como assim? Um filme baseado na boneca mais famosa do mundo não é indicação Livre (para todas as idades)? Os pais devem respeitar essa indicação? Pesquisas realizadas no Brasil mostram duas das diversões prediletas das crianças e dos adolescentes são a televisão e o cinema. Como ainda estão em fase de formação, são muito suscetíveis à influência da mídia. Diante deste cenário, para evitar que os pequenos se deixem manipular ou influenciar negativamente pelo conteúdo exibido, o ideal é que se escolha aqueles programas de melhor qualidade e mais adequados às suas idades. Para auxiliar as famílias nessa tarefa, a Constituição Federal estabeleceu a obrigatoriedade da classificação indicativa. Ela é feita por analistas das áreas de psicologia, direito, comunicação social e pedagogia da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, que avaliam os temas e o conteúdo da programação para indicar a idade recomendada.
Muitas vezes, uma ou duas cenas sobem a classificação indicativa de um filme. O estúdio tem a opção de deletá-la, para baixar a classificação. No caso de Barbie (2023), a justificativa para a classificação indicativa do filme se deu devido a diálogos sugestivos de duplo sentido e temas sensíveis como, por exemplo, piadas sobre o Ken não possuir órgão genital. Entretanto, é importante dizer que a classificação indicativa não é uma censura ou obrigatoriedade, então, neste caso, os pais se responsabilizariam por orientar as crianças a respeito, por isso a companhia dos pais ou responsáveis é exigida quando a criança não atingiu a idade mínima recomendada.
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